terça-feira, 10 de março de 2009

Justo??

Sabe, não é difícil ver que existe um grande desequilíbrio.
E que as coisas não estão bem
E sei disso, mas pra mim eu acho que atinge o meu lar.
Se eu parar e pensar neste momento
Porque está acontecendo agora mesmo
No mesmo momento você tem uma geração que se reúne, se diverte assistindo reality shows, os quais para ser honesto, são qualquer coisa menos reais.
Enquanto você tem uma criança que está se prostituindo a portas fechadas e roubadas de sua inocência.
Não é justo que nós consumamos cada oferta material que aparece enquanto a viúva e o órfão são excluídos do espaço de dignidade de vida, porque são vítimas de um conflito que simplesmente não é deles.
Não é justo que tem uma geração que vem aumentando o seu quadro de obesidade e ao mesmo tempo há 30 mil pessoas que morrerão hoje por falta de comida.
Não é justo que nós não temos problemas em gastar 3 ou 4 dólares(reais) no que é basicamente água de torneira filtrada numa garrafa de rótulo bacana enquanto temos comunidades inteiras que sofrem nas mãos da doença pois a única água a que tem acesso é estagnada e poluída.
Não é justo que nós possamos cantar,dançar e sair pulando na nossa liberdade e ao mesmo tempo os escravos permanecerem cativos fora da visão e fora da consciência.
Não é justo que nós possamos sentar e ver as noticias da tarde no conforto da sala e sentir dó daqueles que vivenciaram uma tempestade, um terremoto ou uma enchente e simplesmente acharmos triste mudar de canal e fazer um lanchinho.
É justo passar por um mendigo e não lhe dar nada com a desculpa de que vai gastar com álcool ou cigarro, ou sugerir que ele se mexa e arranje um emprego?
Quem somos nós para julgar o alcoólatra ou a prostituta ou o viciado ou o criminoso como se fossemos melhores?
Quem somos nós para esquecer do injustiçado, ou o oprimido ou o marginalizado, enquanto nos focamos em realizar um sonho?
Nós vemos esses desequilíbrios e dizemos “cara não ta certo, não é justo”, mas estamos ausentes para mudar tudo o que fazemos.
Porque para nós fazermos algo mais começa a custar.
E se é assim que termina então talvez seja justo dizer que quando ignoramos a prostituta infantil, estamos na realidade estendendo a mão para o seu abuso.
E quando nós ignoramos a viúva e o órfão em sua desgraça estamos na verdade acrescentando lhes dores.
Quando ignoramos o escravo que permanece cativo somos nós que o escravizamos.
Quando esquecemos do refugiado somos nós quem os desabriga.
E quando não escolhemos em ajudar o pobre e o necessitado estamos na verdade roubando-lhes.
Talvez a única coisa que seja justo dizer é que quando abandonamos os mandamentos sobre isso estamos na realidade abandonando os nossos.
H.U.
J.T.H.

"Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos..."
Galatas 6:10

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